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Já há data para chegada de Rafa Silva

 

"Rafa não tinha de voltar ao Benfica por simpatia, mas para dar valor", dizia António Simões

A possibilidade do regresso de Rafa Silva ao Benfica, na reabertura do mercado de transferências a 1 de janeiro de 2026, ganhava força naquela altura. O avançado, então com 32 anos, atravessava um período de tensão no Besiktas, marcado por uma alegada desavença com o treinador Sergen Yalcin, e equacionava mesmo rescindir contrato, apesar de estar ligado ao clube até 2027. O emblema turco, porém, exigia 15 milhões de euros pelo passe do jogador.

Consciente da situação, a estrutura do Benfica — liderada por Rui Costa e com José Mourinho no comando técnico — observava atentamente o processo. O treinador das águias procurava novos perfis para reforçar tanto as alas como a posição de segundo avançado, onde Rafa Silva tinha brilhado antes da sua saída no final da época 2023/24.

Em declarações ao Desporto ao Minuto, António Simões analisava a possível volta do antigo camisola 27, recordando os três títulos nacionais que o jogador tinha conquistado pela formação encarnada. Para a antiga glória benfiquista, Rafa só seria um reforço válido se regressasse para acrescentar qualidade.

“Os bons jogadores davam sempre jeito, independentemente do treinador. Se o Rafa regressasse nas mesmas condições em que saiu, seria bem-vindo. Ele não tinha de voltar por simpatia, mas sim para acrescentar valor ao plantel. O fator rendimento é que deveria mandar”, afirmava Simões.

O antigo internacional criticava ainda José Mourinho, recordando que, enquanto treinador do Fenerbahçe, o técnico português elogiava publicamente o plantel do Benfica, mas naquele momento parecia apontar para a falta de soluções ofensivas. “A imprensa continuava submissa ao Mourinho… O Bruno Lage não foi tratado assim”, apontava.

Sobre o panorama competitivo, Simões também comentava a situação do Benfica no campeonato. O empate frente ao Casa Pia deixara os encarnados a seis pontos do líder FC Porto ao fim de onze jornadas, um cenário que, para o ex-jogador, complicava seriamente a luta pelo título.

“Se fosse politicamente correto, diria que seis pontos não eram muito. Mas a minha experiência dizia que a diferença já era significativa. A partir daquele momento, o Benfica entraria sempre em campo atrás do resultado e do adversário. Era um desgaste psicológico enorme e sem garantia de sucesso”, avaliava.

Com mais de 600 jogos pelo clube, António Simões mostrava preocupação com a dinâmica ofensiva da equipa, afirmando que os jogadores estavam demasiado reativos e não antecipavam as jogadas, o que tornava o futebol encarnado menos eficaz.

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