Durante o último defeso, e num mercado já marcado pela pressão sobre Viktor Gyökeres e pela cobiça de vários clubes europeus, surgiu uma abordagem inesperada ao topo da estrutura do Sporting. Frederico Varandas recebeu, em julho, uma proposta milionária de um dos maiores clubes da Arábia Saudita para assumir o cargo de CEO. A oferta, apresentada com o apoio do Fundo Soberano saudita, acabou por ser recusada.
A sondagem ocorreu numa fase em que o Sporting geria abordagens constantes por elementos chave: a Juventus observava Hjulmand, o Crystal Palace demonstrava forte interesse em Diomande e clubes sauditas seguiam de perto Trincão e Gonçalo Inácio. Ao mesmo tempo, a estrutura leonina ajustava-se após as saídas de Rúben Amorim e Hugo Viana, o que tornava o verão particularmente agitado nos gabinetes de Alvalade.
A proposta destinada a Varandas incluía um salário muito superior ao vencimento aprovado para a administração da SAD, fixado em 300 mil euros anuais mais um bónus de igual valor. Ainda assim, o presidente optou por permanecer em Alvalade, priorizando a continuidade do projeto que liderava desde 2018 e que já tinha resultado em múltiplos títulos, incluindo três Campeonatos nos últimos cinco anos.
Enquanto o mercado saudita continuava aberto, o país reforçava a sua ligação ao futebol português com a chegada de vários jogadores e treinadores nacionais. Apesar desse poder de atração, Varandas manteve o foco no planeamento leonino: pretendia vender Gyökeres por um valor considerado justo, segurar os titulares, reforçar posições estratégicas e avançar para as aquisições identificadas pela equipa técnica.
O dirigente explicou também a tentativa falhada de contratar Jota Silva, sublinhando que a documentação chegou demasiado tarde para ser validada, apesar do esforço final da estrutura. Relativamente ao plantel, destacou a permanência de jogadores essenciais e o compromisso do grupo em defender o estatuto de bicampeões.
Entre recusas, negociações intensas e propostas que surgiram mesmo nos minutos finais do mercado, o Sporting conseguiu manter a base da equipa campeã, reforçar os setores necessários e assegurar a estabilidade da sua liderança — mesmo perante convites milionários vindos de um dos mercados mais agressivos e influentes do futebol mundial.







