A cerca de uma semana do duelo com o Benfica na Liga dos Campeões, o diretor-geral do Ajax, Menno Geelen, deixou um alerta sério sobre o estado atual do clube. Em entrevista à Voetbal International, o dirigente admitiu que a crise desportiva e institucional está a provocar danos profundos: «Não me sinto apenas responsável, eu sou responsável. Dói-me ver o clube neste estado», afirmou.
Geelen explicou que o Ajax vive uma fase de grande instabilidade, com maus resultados, trocas constantes de treinadores e conflitos internos expostos publicamente. Para o dirigente, tal comportamento é «indigno do Ajax» e precisa de mudar com urgência.
O diretor lamentou também o ambiente interno, marcado por críticas e acusações na comunicação social. Segundo ele, a falta de união tem prejudicado o clube: «Temos de nos manter unidos. Isso gera tranquilidade, e é disso que o nosso clube precisa agora.»
A estrutura desportiva encontra-se novamente desorganizada. O diretor técnico saiu, o treinador foi demitido e o plantel apresenta desequilíbrios. Ainda assim, Geelen reforça que as decisões devem ser tomadas por quem entende de futebol: «Pessoas com conhecimento de futebol devem tomar decisões de futebol.»
Outro ponto crítico destacado foi a recente sucessão de treinadores: «Tivemos demasiados treinadores em pouco tempo. Isso não é próprio do Ajax.» Geelen garantiu que o clube procura agora estabilidade, priorizando rigor em vez de pressa na contratação de um novo diretor técnico e um novo treinador.
Apesar da crise administrativa, Geelen mantém-se otimista, afirmando que o Ajax poderá recuperar assim que a tranquilidade for restabelecida. O dirigente quer reduzir complexidades e devolver clareza à gestão: «Somos um clube de futebol que também é uma empresa. A base é e será sempre o futebol.»
Ajax e Benfica, ambos ainda sem pontos na Liga dos Campeões, enfrentam-se em Amesterdão no próximo dia 25 de novembro, num jogo decisivo para as duas equipas.
