Bairro de Nsalene
Conta-se que na actual paragem de Pimpão, que está neste Bairro, havia uma Massaleira, nsala em Changana. Tal como acontece com paragens onde existe um nkulhu ou um ncanju, mphama, etc., as pessoas foram dando o nome de Nsalene (que significa “na Massaleira”) àquela paragem. A verdadeira história conta que nem era uma única nsala, mas sim minsala.
Neste Bairro existe uma paragem designada Chapa Xai-Xai ou simplesmente Xai-Xai.
Naquele local existia um sinal que mostrava a distância daquele ponto até Xai-Xai, em Gaza. Foi simplesmente por causa deste sinal de trânsito que, até hoje, a paragem tem o nome de Xai-Xai.
Este Bairro tem poucas instituições, sendo apenas uma Escola Primária Completa Unidade 2 (de 1ª a 10ª), uma camionagem, uma fábrica de zinco, Onda Lagoa, e uma farmácia. Os residentes confiam no Centro de Saúde do Bairro de Inhagoia A, uma vez que este Centro é útil para os Bairros de Inhagoia A, B e de Nsalene. Outros preferem atravessar a estrada nacional No1 para o Hospital que se encontra na Força Aérea. Para além de um Centro de Saúde, o Bairro tem grande falta de lojas e de um campo de futebol. Falando de futebol, o nosso entrevistado acrescentou que em Nsalene havia um campo de futebol perto da paragem de Pimpão, tal como uma canção testemunha: Laurinda awunitamelele nwananga mina niyavona va rapaz vale Nsalene. Depois houve um espaço em que os jovens jogavam mas que, com a construção da camionagem, o campo de Nsalene desapareceu por completo.
Uma questão a notar é falta de associações juvenis dentro deste Bairro, sendo por isso que o secretário deste Bairro apela aos jovens para que se empenhem em actividades associativas. Para que isso aconteça, é preciso que a OJM e o CDJ ajudem aos jovens do Bairro a despertar o espírito de colectivismo. Até agora só existe um jovem que organiza uma equipe de futebol, mas que a gestão da mesma é individual e, segundo o secretário, o mesmo só aparece no Círculo do Bairro apenas quando tem um problema. Isso é o que acontece quando cultivamos o individualismo, pois só pensamos numa ajuda dos outros apenas quando estamos num beco sem saída.