Pedro Pinto de Souto defendeu publicamente que o Sporting Clube de Portugal deveria abandonar a atual edição da Taça de Portugal, na sequência da polémica que marcou o encontro frente ao Santa Clara. O empresário dirigiu uma carta aberta ao presidente Frederico Varandas, apelando à desistência da prova rainha como gesto de integridade institucional.
Antigo candidato às eleições do Clube em 2009 — candidatura que viria a retirar após a vitória de José Eduardo Bettencourt —, Pedro Pinto de Souto considera que o momento é decisivo para a liderança leonina demonstrar valores éticos e respeito pela história do emblema verde e branco.
Na mensagem dirigida ao atual presidente do Sporting, o sócio recorda episódios passados em que o Clube se sentiu prejudicado, sublinhando o impacto emocional dessas situações no universo sportinguista e defendendo que tais experiências não podem justificar decisões que coloquem em causa os princípios do clube.
“Tenho vergonha de ganhar assim. Os Sportinguistas não ganham assim, mesmo tendo sido prejudicados anos e anos. A teoria do ladrão que rouba a ladrão nunca se pode transformar num valor. Não é isso que ensinamos aos nossos filhos”, escreveu Pedro Pinto de Souto na carta aberta.
O empresário entende que Frederico Varandas tem agora uma oportunidade rara para assumir uma posição ética forte, mesmo que isso implique custos desportivos ou financeiros para o Clube.
“O presidente tem a oportunidade clara de brilhar pela integridade. Seja qual for o preço, este é o momento de exemplo e de futuro do Sporting. Sim, sair desta competição da taça, não continuar e não comparecer nos quartos de final. Haverá muitas taças no futuro”, acrescentou.
A tomada de posição gerou reações no universo leonino e reacendeu o debate em torno da arbitragem, da ética desportiva e do papel institucional do Sporting nas competições nacionais.
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