O director do Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD), Adriano Nuvunga, compareceu nesta quarta-feira (5) no Tribunal Judicial do Distrito Municipal KaMpfumo, em Maputo, para o julgamento do denominado caso dos “219 milhões de meticais”.
O processo tem origem nas declarações públicas feitas por Nuvunga, durante o período de espera pela divulgação dos resultados das eleições gerais de 2024, nas quais acusou o presidente do partido PODEMOS, Albino Forquilha, de ter recebido 219 milhões de meticais em subornos, para aceitar os resultados das eleições gerais de 2024.
Depois de ter faltado a duas sessões anteriores, Nuvunga apresentou-se ao tribunal e, à entrada, afirmou que a sua presença representa “uma luta pela justiça e pela dignidade do povo moçambicano”.
“Este não é apenas um espaço de julgamento, é um espaço de consagração. Estamos aqui para reafirmar a nossa determinação em lutar até ao fim pela justiça, pela dignidade e pelo bem-estar do povo e das comunidades”, declarou o activista.
Adriano Nuvunga destacou que, ao longo dos 27 anos de actuação cívica, tem defendido a legalidade e os direitos humanos, e considerou simbólico o facto de a sessão coincidir com o Dia da Legalidade.
“Cumprir a notificação é um acto de respeito às instituições”, acrescentou, sublinhando que o processo reconhece o papel do activismo social no fortalecimento da democracia.
“O próprio Ministério Público reconhece que, no âmbito do nosso activismo, prestamos um serviço relevante à sociedade. Isso é motivo de honra e reafirma que cidadania activa e legalidade caminham juntas”, frisou.
Para Nuvunga, o simples facto de estar no tribunal “mostra que as instituições funcionam e que a justiça, quando se faz ouvir, fortalece a democracia”. “Estar aqui hoje não é um obstáculo, é a continuidade da nossa missão. Cada passo dado com respeito e verdade é uma vitória para todos nós”, concluiu.







