– O mundo do futebol português acordou esta semana com uma notícia que abalou os adeptos do Sporting Clube de Portugal: o falecimento de Vítor Baltasar, lendário médio leonino, aos 77 anos. O ex-jogador, que marcou época na década de 1970, partiu no passado sábado, 18 de outubro, deixando um legado de dedicação e glórias ao serviço do clube de Alvalade.
Vítor Baltasar representou o Sporting durante seis temporadas intensas, entre 1970 e 1976, atuando como um pilar do meio-campo com a sua visão de jogo excecional e capacidade de liderança. Foi precisamente na época de 1973/74 que contribuiu decisivamente para a conquista do Campeonato Nacional, um dos momentos mais altos da sua carreira e da história recente do clube na altura. Ao todo, disputou mais de 150 jogos oficiais pela equipa principal, ajudando a moldar uma era de transição e ambição para os leões.
Nascido em Lisboa a 15 de março de 1948, Baltasar formou-se nas camadas jovens do Sporting, onde começou a sua jornada no futebol profissional. A sua elegância em campo e o espírito combativo tornaram-no um favorito dos adeptos, que o recordam como um "guerreiro silencioso" – sempre ao serviço da causa coletiva. Após deixar o Sporting, continuou a sua carreira em clubes como o Barreirense e o Oriental, mas foi em Alvalade que deixou a sua marca indelével.
O Sporting emitiu um comunicado oficial no dia do falecimento, expressando "profundo pesar" e destacando o contributo de Baltasar para o clube: "Vítor foi mais do que um jogador; foi um símbolo de lealdade e paixão verde e branca. Aos familiares e amigos, apresentamos as nossas condolências mais sentidas. O seu nome ficará para sempre gravado na memória leonina."
A notícia propagou-se rapidamente nas redes sociais, com milhares de mensagens de homenagem. No X (antigo Twitter), o jornal Record partilhou a triste novidade, gerando uma onda de reações de ex-colegas, jornalistas e fãs: "Um adeus a um dos nossos. Descansa em paz, Vítor Baltasar." Figuras como o comentador desportivo José Manuel Delgado recordaram episódios lendários, como o golo decisivo de Baltasar no dérbi contra o Benfica em 1974, que selou a vitória por 2-1.
O funeral realizou-se na igreja de São João Baptista, em Lisboa, com a presença de representantes do Sporting, incluindo membros da direção e antigos companheiros de equipa. O clube planeia uma homenagem especial no próximo jogo em casa, no Estádio José Alvalade, onde será respeitado um minuto de silêncio em memória do falecido.
Em 2025, o Sporting já havia perdido outras figuras icónicas, como José Carlos (abril) e António Morato (junho), o que torna este ano particularmente doloroso para a família leonina. Mas o legado de Vítor Baltasar perdura: um exemplo de como o futebol pode unir gerações e inspirar sonhos. Que a sua alma descanse em paz, sob as cores verde e branca que tanto amou.
