Treinador deixou os azuis e brancos após o Mundial de Clubes, mas processo de desvinculação só agora foi selado
Bomba no Dragão. O FC Porto oficializou a rescisão com Martín Anselmi, confirmando um desfecho que vinha a ferver nos bastidores desde o pós-Mundial de Clubes. O treinador já tinha deixado os azuis e brancos logo após a competição, mas o processo de desvinculação só agora foi selado, num timing que apanha os adeptos de surpresa e acende todos os alarmes no projeto desportivo.
«O FC Porto expressa o seu agradecimento pelo trabalho, profissionalismo e compromisso demonstrados por Martín Anselmi, formulando votos de sucesso para o seu futuro profissional e pessoal», pode ler-se na nota publicada no site dos Dragões.
O treinador argentino, de 40 anos, deixou o comando da equipa após o Mundial de Clubes, no qual a equipa portista não foi capaz de superar a fase de grupos.
Desde então, as partes trabalhavam num acordo de rescisão de um vínculo que expirava apenas em 2027. Essa meta foi agora alcançada. Contratado, em janeiro deste ano, ao Cruz Azul por cerca de três milhões de euros, Anselmi orientou o FC Porto em 21 partidas, tendo alcançado 10 vitórias, seis empates e cinco derrotas.
Pós-Mundial de Clubes: Anselmi afasta-se do comando técnico e o balneário entra em modo standby.
Semanas de silêncio e tensão: negociações discretas, cláusulas, indemnizações e jogos de força.
Bastidores em ebulição
Fontes ligadas ao processo falam em divergências profundas sobre planeamento, escolhas de mercado e autoridade no dia a dia. O que parecia uma pausa transformou-se numa novela jurídica, com reuniões maratonas e telefonemas a horas impróprias. Resultado: sai o treinador, fica a turbulência.
A mensagem por trás do comunicado
A demora em oficializar a saída expõe um problema de fundo: o Dragão continua a oscilar entre a urgência do resultado e a construção sustentável. A paciência esgota, a estratégia vacila — e a fatura chega sempre ao banco.
Adeptos entre choque e desconfiança , a nação portista sente-se enganada pelo silêncio e pelo timing tardio. O comunicado fecha um capítulo, mas abre outro: quem vem, com que ideias e com que poder?