O Sporting venceu este domingo o Arouca por 6-0 na segunda jornada da Primeira Liga. Fica com os destaques da partida.
Alvalade virou palco de festival: seis golos, futebol à largura total e protagonistas em modo turbo. Se piscou, perdeu um golaço. Se respirou, já havia outra assistência. Eis o jogo que vai alimentar debates a semana inteira.
1- Ricardo Mangas, o “improvável” que abriu a comporta
Primeira titularidade pelo Sporting e estreia a marcar — duas vezes. Mangas rasgou a dúvida com um remate frio para o 1-0 e voltou a aparecer letal no segundo. Inteligente nas projeções, agressivo a atacar a área: lateral com números de avançado numa noite para guardar.
2- Luis Suárez em modo predador: golo, bis e pressão sufocante
Estreou-se a faturar de penálti (2-0) e voltou com um míssil na segunda parte. Antes, já tinha “mordido” a jogada que sobra para Mangas no lance do 1-0. O colombiano foi o primeiro defensor: pressionou alto, forçou erros e abriu crateras na última linha arouquense.
3- Trincão, classe em looping: dois golos e jogo nas botas
Quando o pé está solto, a baliza encolhe. Um belo remate à entrada da área para começar, outro para fechar o bis. Mais do que os golos, ofereceu critério: acelerou quando era preciso, pausou quando a jogada pedia. “Jogou e fez jogar” — simples assim.
4- Debast + Inácio: centrais com radar de longo alcance
A largura foi arma, os passes longos foram munição. Debast e Gonçalo Inácio partiram linhas com trocas diagonais e variações que desmontaram o bloco do Arouca. Para a estatística do jogo, fica também a assistência de Inácio — defesa a construir como médio, e a decidir como 10.
5- Impacto do banco: Quenda entra e muda tudo (duas vezes)
Aos 57’, Geovany Quenda salta do banco e assina… duas assistências. Primeiro encontra Luis Suárez, depois serve Trincão — entradas assim não pedem convite, pedem minutos. Nota extra para Vagiannidis, também ele a carimbar uma assistência e a provar que a onda verde não perde força com as substituições.
Momento do jogo
O 3-0 matou dúvidas e abriu a goleada: a partir daí o Arouca nunca mais encontrou chão, e o Sporting cheirou sangue até ao apito final.
Ideia-chave da noite
Intensidade com bola, agressividade sem ela, e um plano claro para esticar o campo: quando os centrais passam como médios e os alas finalizam como avançados, a avalanche acontece.
Porque este 6-0 vai dar que falar
Protagonistas novos a aparecerem em grande (Mangas e Quenda);
Referências ofensivas a somar golos (Suárez e Trincão);
Estrutura sólida a partir dos centrais (Debast e Inácio).