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quinta-feira, 31 de julho de 2025

Show de Pavlidis! Benfica dá tapa no Sporting e conquista a Supertaça



Não há fome que não dê em fartura, caro adepto do futebol português. Sobrevivemos dois meses sem futebol de primeira água em Portugal, com a festa da final da Taça a fechar a época 2024/25. Por ironia do destino, os mesmos protagonistas desse 'épico' deram o tiro de partida da nova temporada 2025/26, num duelo com menos golos, mais equilíbrio e promessas de uma renovada rivalidade.

Vangelis Pavlidis escreveu em grego o primeiro canto desta nova odisseia futebolística com um golo solitário (55m), no Estádio Algarve, nesta quinta-feira (1-0). Bruno Lage, que tinha vencido de goleada o Sporting na Supertaça, neste mesmo local, em 2019, volta a ser feliz. O primeiro troféu da temporada pertence ao Benfica, que tenta desforrar-se da 'dobradinha' alcançada pelo grande rival lisboeta.

Lage surpreendeu com Barreiro, Borges apostou na continuidade

Sporting e Benfica deslocaram a sua rivalidade para cerca de 250 quilómetros de distância. Em Faro sentia-se muito calor, com os adeptos a chegarem a conta-gotas (de suor) ao Estádio Algarve e recorrendo, claro está, às bebidas. Umas mais espirituosas do que outras. Os adeptos conviveram num ambiente grande fair-play, sem incidentes. A ânsia por futebol era tanta, que ninguém queria estragar o espetáculo.

Uma festa que não começou sem antes ouvir-se o hino nacional e cumprir-se uma homenagem aos falecidos Diogo Jota e André Silva, com a família presente no recinto.

O Sporting de Rui Borges apostou na continuidade. Manteve o onze do Troféu Cinco Violinos, com a grande novidade a ficar no banco – o avançado Luis Suárez, recém-contratado ao Almería. Bruno Lage manteve o essencial da Eusébio Cup, mas fez uma alteração. Leandro Barreiro rendeu o jovem João Veloso e mereceu a confiança do treinador. Richard Ríos, Amar Dedic e Enzo Barrenechea estrearam-se oficialmente.

Fazendo esquecer que este era o primeiro encontro oficial da temporada, Benfica e Sporting entraram a todo o gás em jogo. As águias, tal como Bruno Lage tem pedido, entraram com agressividade e até 'abusaram' das faltas cometidas. O Sporting foi reequilibrando-se e, pouco a pouco, ia ganhando ascendente na posse de bola.

Leões gritaram golo aos cinco minutos, mas Harder estava fora-de-jogo

Talvez o momento que tenha empurrado o Sporting para essa mó de cima tenha sido um golo anulado a Pote, logo aos cinco minutos de jogo. Pote desequilibrou o meio-campo do Benfica com um único toque de bola, no meio-campo, e ainda finalizou a jogada na cara de Trubin. Hjulmand encontrou Harder com um grande passe e este cruzou bem, mas o assistente do golo estava em posição irregular.

O Benfica tinha uma nuance tática interessante. Atacava em 4-3-3, com Enzo atrás de Leandro Barreiro e Richard Ríos, mas defendia em 4-4-2, com Barreiro a encostar em Pavlidis na primeira linha de pressão. Já o Sporting manteve-se fiel ao 4-2-3-1 apresentado na pré-temporada.


O Benfica teve dificuldades em encontrar caminhos para a baliza adversária, com o Sporting a encaixar muito bem na pressão. Depois, os leões saíam em contra-ataque e causaram muitos calafrios à defesa encarnada, com Trincão a receber muitas vezes nas costas dos médios. As melhores chances leoninas foram criadas por Geny Catamo, incisivo nas diagonais para dentro.

Numa nota mais negativa da primeira parte, alguns adeptos do Benfica lançaram, sem aparente motivo, fogo de artíficio durante o jogo. Vem aí multa para o clube da Luz.

Vangelis Pavlidis fez a diferença... a meias com Rui Silva

A segunda parte começou sem alterações nas duas equipas. Curiosamente, o Sporting entrou melhor, com chances de golo para Harder e Trincão. Porém, foi o lado vermelho do estádio que vibrou.

Pavlidis finalizou uma jogada algo confusa na área leonina, com o grego a aproveitar um corte para zona proibida de Maxi Araújo. Pavlidis puxou da culatra atrás e rematou forte, obrigando Rui Silva a uma defesa incompleta. A bola entrou caprichosamente dentro da baliza.

Depois disso, tudo se resumiu a admoestações e muito coração

A reação do Sporting fez-se com uma arrancada de Harder travada por Otamendi, sendo que os leões pediram falta. A não admoestação levou a expulsões nos bancos de suplentes, para elementos das equipas técnicas dos dois lados.

Pavlidis ameaçou o bis logo a seguir, com um remate praticamente na mesma zona em que marcou golo. Rasteiro, mas traiçoeiro, desta vez Rui Silva defendeu para canto.

Perante a necessidade de empatar, Rui Borges estreou Kochorashvili e Luis Suárez aos 68 minutos. Pouco depois, Maxi apresentou queixas e deu lugar a Quenda. Lage aguentou sem alterações até aos 80 minutos. Porém, o Sporting não apresentou um fio condutor de jogo na reta final do encontro e apenas pode lamentar a sua incapacidade.

Dissemos que a emoção voltou, caro leitor. E já se sabe que o 'dérbi eterno' é normalmente acompanhado de muitos cartões. Fábio Veríssimo distribuiu bastantes na segunda metade, incluindo um cartão vermelho ao suplente St. Juste por protestos. Duelos que diminuiram a qualidade do jogo, no final.

O Benfica venceu a décima Supertaça Cândido de Oliveira da sua história e teve uma rara vitória, pelo menos no passado recente, sobre o Sporting. Agora, nos últimos dez jogos entre as duas equipas, tem duas vitórias. A primeira festa da temporada é vermelha. Faltam três troféus, por isso fique desse lado.

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