Filipe Jorge deslocou-se tranquilamente à sua antiga casa onde vivera com a família durante 16 anos, em Alverca. Estávamos a 25 de fevereiro de 2023. Tinha por objetivo visitar as filhas de 13 e 15 anos, fruto da relação com Sílvia, que se apaixonou por um homem 20 anos mais novo e iniciou uma relação extraconjugal que Filipe descobriu e não conseguiu perdoar.
Nesse mesmo dia, o homem de 43 anos foi surpreendido pela ex-mulher e pelo amante. O plano estaria traçado, de acordo com o Ministério Público. A vítima foi apanhada na garagem e aí morreu com 30 facadas.
Dois anos depois, o julgamento vai arrancar com tribunal de júri. Sílvia jura inocência e nega ter planeado o crime com Bas, um cidadão dos Países Baixos. Bas, por sua vez, garante que não estava de faca apontada, como defende o Ministério Público. O homicida, em liberdade há já dois anos, diz que não aguentou ver a amante ser atacada pelo ex-companheiro e reagiu, em legítima defesa.
Ainda assim, estão ambos acusados por homicídio qualificado e arriscam pena máxima. Foi a defesa de Bas que pediu que sejam jurados a decidir o julgamento – o processo de seleção começou na sexta-feira no tribunal de Loures.







